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Simpósio Mundial de Estudos de Língua Portuguesa
Resumo

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GAY LANGUAGE: DA EXISTÊNCIA DE UMA LINGUAGEM “HOMO” À RESISTÊNCIA DO “SER”

Autores:
Guilherme Aparecido de Souza (UNESP - Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho")

Resumo:

Cameron e Kulick (2003) mostram-nos que pesquisas sobre linguagem e homossexualidade passaram, até aquele momento, por quatro fases principais. Com base nos referidos autores, discorreremos o caminho percorrido pela Linguagem Gay (Gay Language), termo que utilizamos em nossa investigação, ao referirmos aos estudos acerca da linguagem empregada pela comunidade homossexual. Este trabalho trata, dessa maneira, da Linguagem e Sexualidade, realizando, assim, a ligação existente entre elas. Para Lakoff (1975, p. 50), aqueles que trabalham com linguagem e sexualidade começaram a procurar correlações entre agrupamentos sociais (neste caso, gays) e maneiras pelas quais eles falavam, ou seja, a relação entre a prática linguística e a orientação sexual como categoria social e como um domínio de desejo. Discutiremos, também, a maneira que os gays falam e se comunicam no grupo que, segundo Leap (1996), os homens gays aprendem a falar utilizando itens lexicais homossexuais com os outros integrantes da mesma comunidade, as palavras e expressões podem ser empregadas para sinalizar e marcar uma identidade pessoal ou grupal (CHAMBERS, 2009, p. 39) e, durante séculos, homossexuais utilizaram certas palavras e expressões para protegê-los na busca por parceiros, assim como para ocultar sua opção sexual em um ambiente que não os aprova (BAKER, 2002). Por fim, a linguagem gay e sua própria existência estão intimamente ligadas às ideias das comunidades de fala em português do Brasil, focando, desse modo, na reflexão sobre a existência ou não de uma Gay Language.


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