Considerando que a inserção de imigrantes na sociedade que os recebe perpassa pela educação como um caminho de acolhida e de escuta, esta comunicação apresenta nossas experiências com relação às oficinas oferecidas no projeto do qual fazemos parte “Ensino de Português para imigrantes em situação de vulnerabilidade: uma ação humanitária”. Estas oficinas foram desenvolvidas com o objetivo de oferecer formação para nós, licenciandos de Letras Português, com o intuito de nos preparar para o ensino de Português como Língua de Acolhimento (PLAc), pois através do processo ensino de PLAc podemos conhecer um pouco mais da história de vida dos imigrantes e compartilhar com eles ao mesmo tempo valores, costumes, maneiras de pensar e de agir, procurando ambientar e integrar esses sujeitos na cultura local, respeitando as diferenças culturais, tradições e costumes que eles trazem consigo. Nessa perspectiva, a linguagem é trabalhada não apenas como um instrumento de comunicação, mas como uma forma de interação social. Assim, enfatizamos nessa apresentação a oficina Inclusão, autoconhecimento, motivação, afetividade, estratégias para lidar com conflitos e outras atividades relacionas à couch, desenvolvida e aplicada pela psicóloga Maria Luíza de Carvalho. Nessa oficina, aprendemos sobre a importância das relações afetivas e interpessoais e realizou algumas atividades de autoconhecimento, mostrando a importância de sempre refletir acerca dessas questões, tendo em vista que, para se trabalhar a humanização é necessário ter um autoconhecimento. Vimos sobre o processo de identidade, como ela é formada e a maneira como o meio em que vivemos influencia em tal formação, sempre enfatizando a humanização como elemento imprescindível nesse processo, pois nossa relação com os imigrantes não se restringe ao ensino de língua, mas também a acolhê-los e contribuir com o processo de adaptação deles em nosso país.