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Simpósio Mundial de Estudos de Língua Portuguesa
Resumo


CONTRIBUIÇÕES DE UMA UNIVERSIDADE FEDERAL BRASILEIRA PARA O DESENVOLVIMENTO DE POLÍTICAS PÚBLICAS E POLÍTICAS LINGUÍSTICAS NO ÂMBITO DO ENSINO DE PORTUGUÊS COMO LÍNGUA DE ACOLHIMENTO A IMIGRANTES E REFUGIADOS NO BRASIL: HORIZONTES E POSSIBILIDADES

Autores:
Yara Carolina Campos de Miranda (UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais)

Resumo:

Por meio de uma parceria entre a Secretaria de Educação de Belo Horizonte (SMED-BH) e a Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), desenvolveu-se um projeto para que estudantes de graduação em Letras da UFMG acompanhassem estudantes imigrantes e refugiados de escolas públicas, a fim de auxiliá-los no processo de ensino-aprendizagem de Português como Língua Adicional (PLA) ou Língua de Acolhimento (PLAc). Através de uma disciplina que ministro este semestre na UFMG, denominada “Introdução aos Estudos em Português como Língua Adicional: Setor de Linguística Aplicada”, e um grupo de estudos composto por graduandos e pós-graduandos nesse mesmo contexto, denominado “Grupo de Estudos e Pesquisa de Português como Língua Adicional” (GEPPLA), venho trabalhando na formação de professores de português para o ensino de PLA/PLAc a imigrantes e refugiados das escolas públicas de Belo Horizonte, considerando as discussões firmadas em abordagens críticas, pós-coloniais e transculturais. Tendo em vista os pilares da universidade como sendo “pesquisa”, “ensino” e “extensão”, acrescidos do pilar da “internacionalização”, busco apresentar algumas reflexões quanto ao papel da universidade em questões relacionadas ao desenvolvimento de políticas linguísticas e políticas públicas no âmbito do ensino de PLA/PLAc do atual cenário migratório observado no Brasil. Para isto, considero ações desenvolvidas na UFMG e analiso algumas das iniciativas desenvolvidas no âmbito dessa universidade no âmbito do projeto desenvolvido em parceria com a SMED-BH. A internacionalização, em iniciativas como a analisada nesta pesquisa, é compreendida não apenas como aquela de um único centro ou que se focaliza em processos para “exteriorizar”, mas, por outro lado, constitui-se como pluricêntrica (NÓVOA, 2014), consonante com um processo de internacionalização em casa (GONÇALVES, 2009).


Agência de fomento:
CAPES