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Simpósio Mundial de Estudos de Língua Portuguesa
Resumo


AS ATITUDES LINGUÍSTICAS DOS MORADORES DE MONTE AZUL EM RELAÇÃO À CONCORDÂNCIA VARIÁVEL COM NÓS E O A GENTE

Autores:
Larissa Campoi Peluco (UNESP - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho)

Resumo:

É indiscutível o fato de que as línguas naturais variam e mudam. A Sociolinguística apresenta-se como um ramo da Linguística que estuda a relação entre língua e sociedade. As línguas mais conhecidas são associadas com grandes civilizações ou impérios. Isso aponta para dois fatos centrais para a Sociolinguística: o primeiro é a grande desigualdade demográfica das línguas, e o segundo é a relação estreita entre o poder político de um grupo e o número de falantes da sua língua. O Português Brasileiro do interior é estigmatizado e apontado como distante da Gramática Tradicional. Assim sendo, pode-se observar que os falantes, dependendo da variedade linguística que utilizam, terão ou não prestígio dentro da sociedade. Os falantes de uma variedade estigmatizada por vezes até tentam mudar ou aproximar seu falar das formas prestigiadas. Todo esse processo esconde um julgamento social. Quer dizer, o julgamento do falante envolve (ou se baseia) em conceitos como identidade e avaliação linguística. Esta pesquisa de doutorado pretende investigar as atitudes linguísticas dos moradores de dois bairros com perfis diferentes de Monte Azul Paulista em relação à concordância variável com nós e a gente. Pretende-se ir além do nível descritivo e refletir a respeito das atitudes sobre a variação linguística e mostrar como os julgamentos linguísticos afetam a identidade dos falantes, além de contribuir para um mapeamento sociolinguístico da região.