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Simpósio Mundial de Estudos de Língua Portuguesa
Resumo


SER PESQUISADORA, SENDO PROFESSORA: O PAPEL DA REFLEXIVIDADE NA PESQUISA EM PORTUGUÊS LÍNGUA MATERNA

Autores:
Josenéia Silva Costa (UNEB - UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA, UFBA - UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA)

Resumo:

 A reflexividade enquanto uma análise de nossas próprias ações, bem como capacidade de pensarmos sobre nós mesmos, sobre nossos atos e escolhas acerca do que, porque e como fazemos o que propomos no chão da sala de aula, faz reverberar muito mais do que elementos que giram em torno de uma teoria X e/ou de uma prática Y; suscita a existência potente de uma subjetividade que interfere diretamente nas decisões do sujeito professor. Dessa forma, no presente artigo discutimos sobre a importância da reflexão acerca das formas pelas quais o professor se constituiu enquanto sujeito professor e da relevância da análise de processos identitários como forma de compreender que a identidade não é algo adquirido, uma propriedade ou produto. É antes de tudo um lugar de lutas e conflitos, que possibilitam que sejam criados espaços de construções de ser e estar na profissão, como afirma Nóvoa (2007). Recorte temático de pesquisa de doutorado, em andamento, orientada pela professora Edleise Mendes Oliveira Santos, no Programa de Pós-Graduação em Língua e Cultura (PPGLinC), na Universidade Federal da Bahia, na área de Linguística Aplicada, apresentamos como orientação teórico-metodológica a pesquisa qualitativa, de abordagem etnográfica com recortes autoetnográficos, cuja proposta é analisar a formação de professoras, suas configurações identitárias de gênero e raça e os respectivos reflexos dessas configurações em suas aulas de língua materna. Posto isto, neste estudo apresentamos a reflexividade na pesquisa como um lugar de protagonismo na formação de professores, por demandar que o sujeito professor/pesquisador aprenda a pensar, agir, refletir a fim de desenvolver a capacidade de olhar para sua própria prática e avaliá-la com isenção, criticidade e ética. Para tanto, dialogamos com André (2004), Ciampa (1984), Hall (2006), Libâneo (2008), Magalhães (2004) Moita Lopes (2006), Nóvoa (2007; 2011), Pimenta; Ghedin (2002), dentre outros.