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Simpósio Mundial de Estudos de Língua Portuguesa
Resumo


O trabalho filológico no Museu dom João VI (EBA/UFRJ): a edição de atas da Academia Imperial de Belas Artes

Autores:
Leonardo Lennertz Marcotulio (UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro)

Resumo:

A Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios foi criada por Dom João VI por decreto de 12 de agosto de 1816 como primeira tentativa de organizar um ensino artístico institucionalizado e comum para todos os artistas da Corte. Após várias mudanças de nome, o projeto de uma instituição artística central nos moldes europeus só se consolida em 1826, quando a Academia Imperial de Belas Artes trasladou-se ao prédio próprio desenhado por Grandjean de Montigny para tal fim. Durante toda sua existência, a Academia se constituiu como o mais importante centro artístico do Império, tanto para a formação artística quanto para a criação do gosto e a consolidação de um mercado artístico, ao mesmo tempo em que contribuiu à consideração da arte como uma atividade digna e intelectual, através de exposições periódicas, concursos, formação de coleções artísticas nacionais etc. A Academia Imperial de Belas Artes (1816-1889) passará a denominar-se Escola Nacional de Belas Artes (1890-1965) e depois Escola de Belas Artes (EBA), pertencente à Universidade do Rio de Janeiro desde 1931, à Universidade do Brasil desde 1937 e à Universidade Federal do Rio de Janeiro desde 1965. Esta instituição é a depositária do acervo documental da Academia, conservado no Museu dom João VI, criado em 1979, na EBA da UFRJ. Consta desses fundos uma grande variedade de documentos, dentre os quais se destacam as atas da congregação, um material de importância extraordinária para o conhecimento do período imperial brasileiro. Nesta comunicação, daremos notícias do trabalho filológico de edição das atas, desenvolvido no âmbito do Laboratório de Estudos Filológicos (LabEFil/UFRJ). Além disso, pretendemos discutir a forma como essas fontes documentais vêm sendo tratadas por historiadores da arte e quais são as questões que emergem do trabalho filológico de edição considerando esse público alvo específico e o estudo da arte brasileira oitocentista.


Agência de fomento:
FAPERJ