(MULTI) LETRAMENTOS: UMA QUESTÃO DE ESCOLARIZAÇÃO OU DE PRÁTICAS SOCIAIS?

Na contemporaneidade, os cenários para práticas de leitura e escrita se expandiram com o advento das tecnologias digitais e sua demarcação social, o que contribuiu para expansão das práticas leitoras e escritoras. Considerando, portanto, a língua como prática social, pois ela se realiza nos espaços de relações sociais, de construção de identidades e de representação da realidade, foi que estudantes do curso de Pedagogia da Faculdade Adventista da Bahia (FADBA) desenvolveram um projeto de extensão na Escola Joaquim Correia (EJC), localizada em Capoeiruçu (Cachoeira -BA). Tal projeto surgiu a partir da discussão das propostas de Rojo e Moura (2012); Silva (2008); Soares (2003); Lerner (2002); Solé (1998); Kaufman e Rodriguez (1998), autores cuja concepção está ancorada nas práticas sociais de leitura e escrita. Os objetivos são: conhecer as práticas de leitura e escrita dos estudantes da EJC; ampliar o repertório de leitura e escrita deles dentro da concepção de (multi)letramentos; vivenciar situações reais de uso da leitura e escrita, partindo do gênero carta até os cenários digitais, a fim de estimular as habilidades leitoras e escritoras dos estudantes. O projeto se desenvolveu durante 6 meses, com encontros quinzenais sistemáticos, conduzidos com rodas de conversa; rodas de leitura; oficinas de escrita; sarau de poesias e oralização das escritas autobiográficas; entre outras práticas e dinâmicas de estímulo da expressão oral e escrita. É importante ressaltar a construção coletiva da sequência didática que norteou todo o trabalho. A relevância acadêmica e social do projeto, respectivamente, está em expandir o debate sobre (multi)letramentos e práticas leitoras e promover ações de intervenção pedagógica nessa área junto à comunidade local.

Palavras-chave: LEITURA. ESCRITA. MULTILETRAMENTOS. PRÁTICAS SOCIAIS.