As práticas de leitura e escrita mudaram significativamente com o advento da internet. O acesso ao meio digital proporcionou novas formas de comunicação, dentre elas, a escrita com características de fala, em um contexto mais abrangente do que o meio físico, além de um acesso mais abrangente à informação. Neste trabalho, analisamos a percepção de alunos do 9^oano de duas escolas, uma pública e uma privada, sobre inadequações gramaticais e o internetês, presentes em nove posts publicados em uma rede social online. Verificamos também quais gêneros textuais o público-alvo relata que têm mais acesso na internet. Nosso objetivo foi verificar se esses estudantes conseguiam: i)distinguir práticasde escrita e leitura online, em diferentes contextos de situação, digital e físico;ii) identificar as inadequações gramaticais nos posts e corrigi-las; iii) fazer uma relação entre os gêneros que relatam ter mais acesso e os gêneros que analisaram nesta pesquisa. A metodologia empregada é de natureza qualitativa e interpretativa. Trata-se de um estudo de caso, ou seja, uma investigação que trata deuma situação específica, baseada em uma pesquisa bibliográfica sobre estudos nesta área. Os instrumentos de pesquisa utilizados foram handouts de posts da internet, entrevistas e um questionário. Dentre outros autores, a fundamentação teórica é ancorada nas discussões de Marcuschi (2005) sobre as diferenças entre a fala e a escrita; Chartier (2003; 2007) sobre as práticas de leitura e escrita; Canclini (2008), sobre o telespectador internauta; Santaella (2009) sobre as relações do leitor com a leitura e a escrita. Os resultados pretendem chamar a atenção para a necessidade da construção de práticas curriculares que contribuam para a conscientização de estudantes sobre o conhecimento de diferentes gêneros textuais, tendo em vista as práticas de leitura e escrita que participam na internet.