Este estudo situa-se na área do ensino de português língua estrangeira (PLE) e tem por tema a representação da mulher em obras literária. Para tanto, tomando por base os nomes próprios com que são designadas as personagens feminas dessas obras, bem como as formas de tratamento com que são referidas, tem-se por hipótese de que a escolha de tais nomes obdece aos rigores da época e imprimem sentidos reveladores da enunciação do autor, ao fazer representar valores relativos ao período em que a obra foi escrita ou em que esteja ambientado. Essa proposta se justifica na medida em que o texto literário é levado para a sala de aula de PLE e tem suscitado discussões importantes, no sentido de fazer o aluno compreender, na evolução literária, os modos de representação da mulher, em determindo período e determindos textos literários. A literatura é vista como um discurso institucionalizado que traz, na materialidade linguistica, formas de representação socio-cognitiva dos grupos sociais que compõem a sociedade. Entende-se o discurso como uma pratica social expressa nas variadas formas de comunicação, de modo a constituir a construção social. Tal prática, inscrita no discurso literário, deve ser analisada fundada no contexto sócio histórico onde está inserida, desse modo, reflete uma visão de mundo daquele contexto (Van Dijk, 2012). Assim, este estudo objetiva tratar da designação nominal da mulher em textos literários, de modo a favorecer o entendimento de alunos estrangeiros com acesso à literatura como forma de fazê-los mais bem compreender os discursos fundadores que marcam os modos de ser, de agir, de se manifestar do grupo socila cuja lingua busca aprender. Os resultados prévios obtidos são relativos às obsevaçoes dos próprios alunos ao perceberem como os personagens são nomeados e a relação que essa nomeação tem com aspectos histórcos, sociais e ideológicos que já dominam.