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Simpósio Mundial de Estudos de Língua Portuguesa
Resumo

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A NEOLOGIA E O DISCURSO: INTERFACE ENTRE OS PROCESSOS NEOLÓGICOS E O DISCURSO PUBLICITÁRIO

Autores:
Vinícius Sáez de Oliveira Coelho (UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais) ; Maria Amorim Vieira Castro (UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais)

Resumo:

O discurso, considerado como atividade produtora de sentidos que se dá na interação entre interlocutores, apoia-se na palavra (PÊCHEUX, 1975). Como unidade do léxico de uma língua, a palavra nova (o neologismo) é criada, na maior parte das vezes, a partir da necessidade, expressa pelos falantes, de interação com o universo sociocultural, levando-se em conta as condições de produção do discurso, a formação discursiva em que esse discurso se inscreve e a formação ideológica a que se filia. É nesse contexto que se procura aqui observar a produção de textos, especialmente os anúncios, em manifestação no discurso publicitário, destacando os neologismos em sua variada tipologia. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho é mostrar aspectos da construção discursiva a partir da coleta de neologismos presentes na linguagem publicitária impressa, além de discutir conceitos e características dos diversos processos de formação de palavras, relevantes no estudo do léxico do português contemporâneo do Brasil. O corpus de análise é constituído de textos publicitários veiculados nas edições semanais da revista noticiosa Veja, correspondendo ao período de janeiro de 2017 a dezembro de 2018. O critério adotado de identificação de neologismo é o de exclusão lexicográfica, que consiste na verificação da aparição de unidades lexicais numa seleção de dicionários: Dicionário Houaiss da língua Portuguesa, 2ª ed., de 2009; Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, 5ª ed. (versão eletrônica), de 2010 e o Dicionário Caldas Aulete (2016), versão on-line. A fundamentação teórica, no âmbito da lexicologia, está apoiada nos textos de Alves (1990) e Ferraz (2006), na conceituação e delimitação da unidade lexical neológica; em Charaudeau (1996), Maingueneau (1989), na consideração de alguns aspectos definidores de discurso; em Pêcheux (1975), na caracterização de formação discursiva; e em Ferraz (2008), no que diz respeito ao desenvolvimento da competência lexical.


Agência de fomento:
FAPEMIG