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Simpósio Mundial de Estudos de Língua Portuguesa
Resumo


DROGAS: UMA CONSTITUIÇÃO DISCURSIVA, IDEOLÓGICA, HISTÓRICA E SOCIAL.

Autores:
Erisvania Gomes da Silva (UNEMAT - Universidade do Estado de Mato Groso)

Resumo:

Este artigo, que se filia à Análise de Discurso, desenvolvida por Michel Pêcheux na França e por Eni Orlandi no Brasil, propõe-se a compreender como ocorre a constituição discursiva, portanto histórico-ideológica, do processo de nomeação da palavra Droga, bem como os efeitos de sentido colocados em funcionamento pelas formações imaginárias que conformam esses modos de nomeação. Para tanto, tomamos a lei que dispõe sobre o tráfico e o consumo de drogas no Brasil (Lei Nº 11.343, de 23 de Agosto de 2006), enquanto discurso sobre, visto que as discursividades postas em circulação pela lei instalam sujeitos e sentidos, pois são dizeres que se constituem por uma historicidade marcada por funcionamentos ideológicos que colocam em relação diferentes discursos, que conformam diferentes formações discursivas.‘Os discursos sobre’ o tráfico e consumo de drogas têm causado diversas inquietações e debates na sociedade contemporânea e, por isso, significam sujeitos e instituições e o social. Esses dizeres são atravessados ideologicamente por uma historicidade e por instrumentos ideológicos de legislação e da religião. Sendo assim, importa-nos compreender em que condições de produção esse processo e instituição de nomeação da palavra Droga produz, e quais gestos de interpretações esse se filia sobre a relação ideologicamente constituída nacionalmente, entre tráfico e consumo de drogas materializados nos discursos de proibição, prevenção e conscientização. Para tanto, trabalharemos as formações discursivas em jogo nesses discursos e os efeitos produzidos pela ideologia no discurso da justiça sobre o crime de tráfico, numa interface com as Políticas Públicas desencadeadas por todo o país.


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