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Simpósio Mundial de Estudos de Língua Portuguesa
Resumo

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USO DOS PRONOMES CÊ/VOCÊ/TU NO FALAR PORTUENSE, À LUZ DA SOCIOLINGUÍSTICA VARIACIONISTA

Autores:
Wilma de Oliveira Albernaz (IFTO - Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia do Tocantins)

Resumo:

Com o objetivo de analisar o uso de segunda pessoa do singular em Porto Nacional Tocantins, constituímos uma amostra piloto com falantes da região urbana desse município. Geramos os dados de 36 falantes, estratificados conforme as faixas etárias de dezoito (18) a trinta e cinco (35) anos, de trinta e seis (36) a cinquenta e cinco (55) anos e mais de cinquenta e cinco (55) anos de idade, com níveis de escolaridade Fundamental (completo e incompleto), Ensino Médio e Ensino Superior de ambos os sexos: feminino e masculino. O corpus foi composto por entrevistas estruturadas, diálogos instrucionais e bate-papo sobre os pontos turísticos da comunidade pesquisada. Os assuntos das entrevistas variavam com perguntas sobre a história do município e a cultura local. No decorrer das entrevistas era perguntado sobre receitas culinárias, brincadeiras infantis e no final da entrevista perguntávamos sobre endereços de pontos comerciais e pontos turísticos da cidade. Dessa forma foi possível captar o fenômeno pretendido, o uso de 2º pessoa do singular. Este estudo buscou responder os seguintes questionamentos: Existe uma alternância linguística das formas: "você, ocê e cê" no PB falado em Porto Nacional-TO? Qual das formas emergem como a mais recorrente na fala portuense? A forma "você" considerada padrão é utilizada na fala dos moradores portuenses somente nos discursos monitorados? Qual a variante mais usada no discurso espontâneo independentemente dos indicadores sociais envolvidos? A partir dos resultados, foi constatado que há uma alternância linguística das formas " e você" no PB falado na região central de Porto Nacional-TO. Entretanto a forma emerge como a mais recorrente na fala portuense; o pronome você transita em situação, [+ formal] ou seja nos discursos monitorados; porém com pouca frequência. E, por fim, a forma é a mais usada nos discursos espontâneos independentemente dos indicadores sociais envolvidos.


Agência de fomento:
IFTO