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Simpósio Mundial de Estudos de Língua Portuguesa
Resumo


Chinês (mandarim e outros dialetos chineses) como línguas de herança na comunidade chinesa em São Paulo no Brasil

Autores:
Xiang Zhang (USP - Universidade de São Paulo )

Resumo:
Recentemente, nos estudos associados à sociolinguística e outras áreas que se relacionam linguagem, cultura e sociedade, discute-se muito frequentemente o tema rotulado “Língua de Herança” (LIMA-HERNANDES, 2016; JENNING & LIMA-HERANDAES, 2015) que emerge muitas vezes na interação entre a imigração e o contexto sociocultural do país anfitriã. Entende-se que a língua de herança deve se tornar um modo de ser e de estar, um elo que nos conduz a nossa cultura, a nossas raízes. Tendo uma política migratória relativamente mais positiva, o Brasil tem recebido migrantes de todo o mundo, entre os quais os imigrantes chineses se encontram de uma quantidade significativa. Estima-se 300,000 chineses no Brasil, inclusive os descendentes e mais de 70% estão em São Paulo. Desde 2010, a comunidade chinesa começou a ter muitas crianças que nasceram no Brasil. Aprender a língua chinesa como língua de herança se tornou a maior preocupação dos pais em relação à educação dos filhos. Entretanto, enfrentam muitos desafios no que diz respeito do ensino-aprendizagem de chinês nas escolas comunitárias, as políticas linguísticas nas famílias, a relação com a língua majoritária/dominante com a sociedade em que vivem, bem como a construção de identidades culturais e preservação de heranças linguísticas. A partir desses esquemas, apresentamos nesta comunicação a situação atual do chinês (mandarim e outros dialetos) como línguas de herança em São Paulo, as peculiaridades do contexto da comunidade e questões relacionadas com a política linguística etc. Através desse estudo, pretenderemos compreender melhor os traços socioculturais no âmbito do estudo da língua de herança e consequentemente preencher a lacuna de pesquisa sobre o chinês como língua de herança no Brasil.


Agência de fomento:
USP