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Simpósio Mundial de Estudos de Língua Portuguesa
Resumo


ANÁLISE DE MARCAS LINGUÍSTICAS NA FALA DO PORTUGUÊS DE CONTATO NO OESTE CATARINENSE

Autores:
Claudia Camila Lara (UFFS - Universidade Federal da Fronteira Sul)

Resumo:

Este trabalho tem por objetivo verificar o status de marcas linguísticas do processo fonético-fonológico da variação da vibrante simples em detrimento da vibrante múltipla na fala de informantes da região do oeste de Santa Catarina e como as práticas multilíngues na região e no contexto acadêmico da Universidade Federal da Fronteira Sul são características da diversidade linguística regional. O português em contato da região resulta em marcas próprias, como o emprego da vibrante simples em lugar da vibrante múltipla no português falado na região, tanto em posição intervocálica (carroça) quanto em início de palavra (riacho). Para esta análise, a perspectiva teórico-metodológica abordada tem o conjunto de procedimentos metodológicos da sociolinguística variacionista (LABOV, 1972) e da dialetologia pluridimensional (THUN, 1998). Estudos realizados na região, vinculados ao Projeto “Atlas das Línguas em Contato na Fronteira: Oeste Catarinense” (ALFC-OC), têm constatado a importância da revitalização das línguas minoritárias, sendo que o processo de salvaguardar as marcas linguísticas é realizado com o intuito de fomentar as práticas linguísticas diárias nos grupos sociais dos quais os informantes integram, como a família, a escola, o contexto universitário e demais ambientes institucionalizados. Foram realizadas oito entrevistas com alunos da Universidade, estratificados por idade, gênero, escolaridade e localidade. Destes oito alunos, quatro são do gênero feminino e quatro do gênero masculino com idade entre 18 e 36 anos e todos frequentam o curso de graduação em Letras. Seis dos informantes são originários das cidades vizinhas e dois são de Chapecó. Neste estudo, constatamos que a aplicação da vibrante simples ocorreu mais na fala de homens, na posição da palavra em ataque simples e em palavras trissílabas. Este trabalho contribui para a análise da diversidade linguística da região do oeste catarinense.


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CAPES