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Simpósio Mundial de Estudos de Língua Portuguesa
Resumo

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Discurso da verdade: Ascensão do discurso conservador em meio à desordem social

Autores:
Lucas Amaral Borges Braga (ESDHC - Escola Superior Dom Helder Câmara)

Resumo:

Para Norberto Bobbio (1998), há dois termos congêneres: política e poder. O Estado, representa a peça mais importante da sociedade. Com o decorrer do tempo, a figura do Estado é invertida e ele passa a ser visto como um subsistema da sociedade. A razão desta inversão é o fortalecimento dos conceitos ligados aos direitos naturais, isto é, direitos singulares, individuais. O poder então é um ponto em comum entre o Estado e a política, uma vez que o poder político, de forma coercitiva por exemplo, impõe sua vontade como detentor soberano. O intermédio que o Estado pode utilizar é do argumento da legitimidade, em razão da natureza, da história ou vontade. Dentro de uma comunidade política, em todas as relações sociais o poder é exercido de alguma forma.

A efervescência social, datada desde 1960, define no auge da guerra fria, a insatisfação popular em prol de um mundo melhor e mais justo. É perceptível, em nossa sociedade, o aparente descontrole e desarranjo causado tanto pela insatisfação no que se diz a respeito da segurança que é oferecida pelo Estado, quanto por escândalos de corrupção, altos índices de desemprego e mal investimento em instituições e ações públicas.

Nota-se, em meio a tamanha desordem social, a recorrência de pensamentos, ações e atitudes disseminadas pelo senso comum, isto é, discursos de fácil entendimento popular, mas que não levam à verdadeira solução do problema. Os chamados discursos de ódio, como por exemplo, apologias a pedofilia, incitação ao estupro, racismo, machismo, homofobia – estão presentes de maneira muito marcante na sociedade brasileira. Uma vez que para defender um determinado argumento ou crença, ataca-se a minoria ou aqueles de pouca expressão em nossa sociedade. Assim, a moral foi tornando-se relativa e não se sabe mais a quem ou a que ela pertence, uma vez que até dentro do nosso próprio congresso há grupos radicais.