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Simpósio Mundial de Estudos de Língua Portuguesa
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MEU BRASIL NEM TÃO BRASILEIRO: uma análise dos aspectos interculturais do material didático “Pode Entrar: Português do Brasil para Refugiadas e Refugiados"

Autores:
Franciele dos Santos Feitosa (UFMA - Universidade Federal do Mranhão)

Resumo:

De acordo com dados do CONARE (Comitê Nacional para os Refugiados) o Brasil contava com 10.145 refugiados de diferentes nacionalidades em 2017, no entanto, com a atual crise dos refugiados, segundo a ONU a pior crise humanitária do século XXI, esse é um número que só tende a crescer. Em 2018 muitos acontecimentos comprovam o aumento de refugiados no país, como por exemplo a chegada de um grupo de africanos no Maranhão (G1 MA, 2018) e a grande entrada de venezuelanos no estado de Roraima, contando com o gigantesco número de 180 crianças entre zero e quatorze anos cruzando a fronteira diariamente (O GLOBO, 2018). Sofrendo em seus países de origem com perseguição política, conflitos ideológicos e/ou religiosos e a violência, essas pessoas procuram no Brasil uma resolução para os seus problemas, almejando melhores condições de vida. No entanto, para que isso ocorra, é necessário haver uma integração delas com o Brasil, mas como fazer isso? O primeiro passo é o aprendizado da língua oficial brasileira, a língua portuguesa. A partir dessa necessidade, a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) desenvolveu a apostila “Pode Entrar: Português do Brasil para Refugiadas e Refugiados”, um material didático elaborado para ser uma ferramenta que auxilie os refugiados no que tange a aquisição do português e demais aspectos referentes ao Brasil, como sua cultura, já que propõe que haja uma integração dos refugiados e brasileiros, como pontua em sua apresentação. Assim, com base nas considerações feitas, o presente trabalho visa analisar os aspectos interculturais exibidos na apostila, com enfoque nas duas habilidades linguísticas da leitura e produção escrita, investiga-se se reflete um Brasil mais perto do que se considera real. Sendo uma pesquisa de base bibliográfica, usa-se como aporte teórico Almeida Filho (2015), Braz de Almeida (2017), Leffa (2008) e mais.